Ano VII - 2007/2013 - BLOG FENÔMENOS SOBRENATURAIS - Developed by IVSON DE MORAES ALEXANDRE - VOLTA REDONDA - ESTADO DO RIO DE JANEIRO - BRASIL.
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sábado, 31 de dezembro de 2011

Fenômeno 2012


O fenômeno (português brasileiro) ou fenómeno (português europeu) de 2012 compreende um conjunto de crenças e teorias escatológicas de que eventos cataclísmicos ou de transformação ocorrerão em 21 de dezembro de 2012,data que é considerada o final de um ciclo de 5.125 anos do Calendário de Contagem Longa Mesoamericano. Vários alinhamentos astronômicos e fórmulas numerológicas têm sido relacionadas com esta data.Uma inscrição de data no

Uma inscrição de data no Calendário de Contagem Longa Mesoamericano. - Ao lado.

A interpretação da Nova Era sobre essa "transição" postula que, durante este tempo, o planeta e seus habitantes podem sofrer uma transformação positiva física ou espiritual e que 2012 pode marcar o início de uma nova era. Outros sugerem que o ano de 2012 marca a data final do mundo ou o início de uma catástrofe semelhante. Teorias para o fim do mundo incluem a colisão da Terra com um planeta de passagem (muitas vezes referido como "Nibiru") ou com um buraco negro, ou a chegada do próximo máximo solar.

Estudiosos de diversas áreas têm rejeitado a idéia de que uma catástrofe ocorrerá em 2012. Os principais estudiosos dos maias afirmam que previsões de morte iminente não são encontradas em qualquer um dos clássicos códices maias e que a ideia de que o calendário de contagem longa "termina" em 2012 deturpa a história maia. Os maias modernos não consideram a data significativa e as fontes clássicas sobre o tema são escassas e contraditórias, sugerindo que houve pouco ou nenhum consenso universal entre eles sobre o que a data pode significar.

Adicionalmente, astrônomos e outros cientistas rejeitam as previsões apocalípticas e as classificam como pseudociência, afirmando que os eventos previstos são desmentidos por simples observações astronômicas. A NASA tem comparado os medos em relação ao ano de 2012 com o fenômeno "Bug do milênio" no final da década de 1990, sugerindo que uma adequada análise dos fatos pode impedir temores de um desastre. A ideia de um evento mundial que ocorreria em 2012, baseado em qualquer tipo de interpretação do calendário de contagem longa, é rejeitada e considerada como pseudociência pela comunidade científica internacional.

Dezembro de 2012 marca o fim do atual ciclo b'ak'tun da contagem longa mesoamericana, a qual era usada na América Central antes da chegada dos europeus. Embora a contagem longa tenha sido provavelmente inventada pelos olmecas, tornou-se estritamente relacionada com a civilização maia, cujo período clássico durou entre 250 e 900 d. C.. Os maias clássicos eram alfabetizados e seu sistema de escrita encontra-se substancialmente decifrado.

A contagem longa define a "data zero" em um ponto do passado, que marcou o fim do mundo anterior e o início do atual, correspondente a 11 ou 13 de agosto de 3114 a. C. no calendário gregoriano, dependendo da forma utilizada. Ao contrário do calendário usado atualmente pelos maias, a contagem longa foi linear, e não conjuntural, e mantida em unidades de tempo baseadas no sistema vigesimal. Por esse meio, 20 dias correspondem a um uinal, 18 uinals (360 dias) a um tun, 20 tuns a um k'atun e 20 k'atuns (144.000 dias) correspondem a um b'ak'tun. Assim, por exemplo, a data maia 8.3.2.10.15 representa 8 b'ak'tuns, 3 k'atuns, 2 tuns, 10 unials e 15 dias desde a data zero. Muitas inscrições maias têm a contagem de mudança para uma ordem mais elevada após 13 b'ak'tuns.. Hoje, as correlações mais amplamente aceitas para o final do décimo terceiro b'ak'tun são no calendário ocidental os dias 21 e 23 de dezembro de 2012.

Em 1957, o astrônomo Maud Worcester Makemson escreveu que "a realização do Grande Período de 13 b'ak'tuns será da maior importância para os maias."Nove anos depois, Michael D. Coe, mais ambiciosamente, afirmou que o "Armageddon degeneraria todos os povos do mundo desde a sua criação, e que no dia do décimo terceiro e último b'ak'tun o universo seria aniquilado, no dia 24 de dezembro de 2012 (depois revisada para 23 de dezembro de 2012) quando o Grande Ciclo da contagem chega a sua conclusão." A questão é ainda mais complicada por diversas cidades-estados maias empregarem a contagem longa de maneira diferente. Em Palenque, a evidência sugere que os sacerdotes acreditavam que o ciclo terminaria após 20 b'ak'tuns e não 13.

As previsões apocalípticas de Coe foram repetidas por outros estudiosos até o início da década de 1990. Entretanto, mais tarde, pesquisadores disseram que, embora o final do 13º b'ak'tun talvez seja um motivo de comemoração,não marca o final do calendário."Não há nada em qualquer profecia maia, asteca ou da antiga Mesoamérica que sugira que eles profetizaram qualquer tipo de grande ou súbita mudança em 2012", diz o estudioso dos maias Mark Van Stone. "A noção de que um "Grande Ciclo" vai chegar ao fim é uma invenção completamente moderna." Em 1990, os estudiosos maias Linda Schele e David Freidel argumentaram que os maias "não conceberam que isso seja o fim da criação, como muitos sugeriram." Susan Milbrath, curadora de Arte e Arqueologia Latino-Americana no Museu de História Natural da Flórida, declarou: "nós não temos nenhum registro ou conhecimento de que [os maias] pensavam que o mundo chegaria ao fim" em 2012. "Para os antigos maias, isso era uma grande celebração que seria feita até o fim de um ciclo", diz Sandra Noble, diretora executiva da Fundação para o Avanço dos Estudos Mesoamericanos em Crystal River, Flórida, Estados Unidos. A escolha de 21 de dezembro de 2012 como o dia de um evento apocalíptico ou de um momento cósmico de mudança, diz ela, é "uma completa invenção e uma chance de lucro para muitas pessoas." "Haverá um novo ciclo", diz E. Wyllys Andrews V, diretor do Instituto de Pesquisas Mesoamericanas da Universidade de Tulane, em Nova Orleans, Louisiana. "Nós sabemos que os maias pensavam que houve um antes, o que implica que eles estavam confortáveis com a ideia de um outro depois.

Um filme intitulado "2012", dirigido por Roland Emmerich e estrelado pelos atores John Cusack, Danny Glover, Chiwetel Ejiofor, Amanda Peet, Thandie Newton, Oliver Platt e Woody Harrelson estreou em 13 de novembro de 2009. Em 12 de novembro de 2008, o estúdio liberou o primeiro trailer de "2012", que mostrava uma megatsunami surgindo ao longo dos Himalaias, entrelaçado com uma mensagem supostamente científica sugerindo que o mundo acabaria em 2012 e que os governos da Terra não estavam preparando a população para o evento. O trailer termina com uma mensagem para os telespectadores descobrirem a "verdade", procurando "2012" no Google. O The Guardian criticou a eficácia do marketing como "profundamente falha" e associou-o com "sites que fazem reivindicações ainda mais espúrias sobre 2012".

O estúdio também lançou um site de marketing viral operado pelo fictício Institute for Human Continuity, onde os cinéfilos poderão solicitar um número de sorteio para ser parte de uma pequena população que seria resgatada da destruição global. O site fictício lista uma colisão com Nibiru, um alinhamento galáctico e um aumento da atividade solar entre os possíveis cenários apocalípticos. David Morrison da NASA recebeu mais de 1000 perguntas de pessoas que achavam que o site era genuíno e condenou-o, dizendo: "Eu mesmo tive casos de adolescentes escrevendo para mim dizendo que eles estavam pensando em suicídio, porque não queriam ver o fim do mundo. Eu acho que mentir na Internet e assustar crianças com o fim de ganhar dinheiro é eticamente errado.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

PEIXES ABISSAIS (OS SENHORES DAS TREVAS)


No fundo do oceano, a 4000 metros, onde a luz do sol não desce e a temperatura média é de 2 graus, vicejam estranhas espécies de peixes escuros e de aspecto horroroso aos olhos humanos, que facinam porém os cientistas por sua adaptação a vida sob pressões praticamente insuportáveis, pouco alimento e reprodução difícil. São os peixes abissais, formas de vida extremamente peculiares. Alguns tem boca e estômago capazes de engolir e digerir presas com o dobro do seu tamanho. Nas condições do que seja talvez o mais inóspito dos ambientes, por sinal o maior habitat do mundo, muitos desses peixes desenvolveram sistemas organicos destinados a iluminar as trevas e atrair as presas: possuem luzes no próprio corpo, que acendem e apagam como lanternas quando necessário.

Na vastidão dos oceanos, os peixes abissais não encontram fronteiras naturais a sua circulação e assim se espalham dos trópicos até as regiões polares. Como não vive em cardume, e normal que, ao encontrar uma companheira, um deses peixes não se arrisque a perdela. Em certas espécies, o macho virtualmente funde-se com a fêmea, transformando-se em pouco mais do que um depósito de espermatozóides. Até meados do século passado, os cientistas negavam que existisse vida no mar abaixo dos 500 metros. Eles sabiam que muito aquém da superdície, a agua filtra a luz vermelha do expectro de luz, deizando visíveis apenas combinações de verde e azul. Por isso um mergulhador que corta a mão a 100 metros de profundidade verá o sangue verde escuro ou marrom. A 2000 metros, a esmagadora pressão da água pode arrebentar um cilindro de mergulho. Explorando os dominios marinhos mais profundos, as missões de pesquisa acabaram descobrindo no entanto que os obstáculos da pressão e da escuridão nao são intransponíveis para os peixes.

Hoje se sabe que essa classe de vertebrados, a mais antiga que existe, vive em qualquer lugar onde haja água - dos tenebrosos abismos oceânicos até a superfície do mar aberto. Não existe limite de profundidade para a vida. Há peixes que nadam a 300 ou 400 metros, mas também mergulham em profundidades de 4000 metros ou mais ainda. Há cerca de vinte anos, os cientistas que estudavam um hábitat submarino nas ilhas Virgens, no caribe, ficaram surpresos ao ver, numa noite escura, o que parecia um grupo de peixes piscando sem parar no meio de um recife de corais. Descobriu-se que eles pertenciam à família dos ceratióides, chamados pelos americanos lanterneye fishes (peixes-de-olho-de-lanterna) porque possuem embaixo do olho uma cavidade que abriga bactérias fosforescentes. Durante o dia, esses peixes mergulham a grandes profundidades. A noite, ausente a luz solar, sobem à superfície para se alimentar de plâncton, microorganismos que vivem em suspensão na água. Os cientistas observaram desde então que tais espécies inventaram sistemas próprios de iluminação absolutamente únicos. O Kryptophanaron, que vive nas águas do Caribe, tem sob os olhos uma cavidade que emite luz e que fica coberta por um tipo de persiana escura quando não deseja ser visto. Outras espécies, Anomalops e Photoblepharon, têm uma forma de haste com um farol na ponta, que projetam para a frente e para trás da cabeça e também escondem embaixo do olho.

O Pachystomias, um peixe predatório chamado peixe-dragão (dragon fish), faz jus ao nome. Não solta fogo, é claro, mas tem uma série de células fosforescentes espalhadas na boca, ao longo do corpo e debaixo do olho. Muitos desses peixes nunca foram encontrados no Oceano Atlântico e não têm nomes vulgares em português. "Os peixes abissais não costumam cair nas redes dos pescadores e as missões científicas nacionais trabalham mais nas águas rasas da plataforma continental”. explica Lima Figueiredo. Mesmo assim, existe no Museu de Zoologia da USP um exemplar de peixe-dragão encontrado na costa do Rio Grande do Sul a cerca de 800 metros de profundidade. Possui o que os ictiólogos chamam barbilhão, um fio que sai por baixo da mandíbula do peixe, com um farol na ponta. Outra espécie conhecida, a dos Chauliodus, ou peixes viboras, tem uma haste que é uma extensão dos primeiros raios da nadadeira dorsal e também luzes dentro da boca para atrair a presa direto ao estômago. Os dragões-pretos têm a peculiaridade de emitir luz vermelha. Como a maioria dos peixes não enxergam essa cor, tais membros da espécie Pachistomias microdon usam as suas lanterninhas vermelhas para se aproximar sem serem percebidos dos animais que lhes servirão de alimento. Outros peixes se distinguem pelos olhos projetados para a frente, o que lhes permite aproveitar toda a pouca luz existente. Estima-se que essas criaturas são capazes de enxergar no lusco-fusco de quinze a vinte vezes melhor do que os humanos. Os olhos tubulares do Asgyropelecas, assim como do Stentoptyx, do Gigantura e ainda do Stylephora, sempre voltados para cima, enxergam contra a luz que vem da superfície a silhueta de seus inimigos e da refeição em potencial. O Asgyropelecus paciftecus emite luz verde e azul na mesma intensidade da iluminação procedente da superfície; portanto tornam-se invisíveis.

O hábitat desempenha um papel importante na cor dos peixes. Os que vivem mais perto da superfície apresentam um tom azulado ou esverdeado. os que vivem no fundo são em geral escuros no dorso e nos lados. Os camarões das profundezas e os peixes da família dos Rondeletiidae são vermelhos porque essa cor não aparece nas águas abissais. Mas, além da cor, também a forma e a estrutura desses peixes são influenciadas pelo meio e pelo tipo de alimento. Muitos se dirigem à noite à superfície para apanhar plânctons. filtrando grandes quantidades de água através da boca e das brânquias. os órgãos da respiração. Outros, carnívoros, desenvolveram dentes avantajados, boca articulada e enorme estômago para o seu pequeno tamanho, finos e compridos, não crescem mais de 30 centímetro.

Os peixes da espécie Saccopharynx, parecidos com serpentes, têm a cabeça grande e uma boca que abre e fecha como uma tampa de lixo para engolir a presa. Há pequenos tubarões com grandes dentes embaixo da boca e pequenos em cima. São capazes de morder presas muito maiores do que eles próprios, arrancar um naco de carne do tamanho de metade de uma laranja e fugir deixando no lugar a marca feroz de sua boca. Nas profundezas do oceano, comer não é fácil nem frequente; desse modo, a satisfação dessa necessidade depende muito do que sobra da produtividade da vida na superfície. A falta de alimento obriga os peixes a serem particularmente vorazes a qualquer momento: eles desconhecem a saciedade.

ABISSAL6Os Chiasmodon, peixes-pescadores, como são chamados, devoram presas duas ou três vezes maiores do que eles mesmos. As câmaras de controle remoto e, mais recentemente, os pequenos submarinos tripulados documentaram o frenesi das feiticeiras, espécie de enguias, dos isópodes (um grupo de crustáceos) e mesmo de tubarões quando a natureza provê um banquete constituído da carcaça de peixes grandes ou de baleias da superfície. O estômago dos peixes pescadores se dilata e eles engolem caranguejos, moluscos e peixes avantajados com rapidíssimas dentadas. Os Melanocetus chegam a ter dentes na garganta para impedir que suas presas, tão arduamente caçadas, escapem enquanto estiverem sendo engolidas.

No mundo aquático, a reprodução costuma ser simples: quando chega o momento, basta que o macho e a fêmea soltem esperma e ovos na água para que, da combinação desses elementos, resulte a fecundação. Mas os peixes-pescadores de profundidade são relativamente raros e muito distribuídos por todos os oceanos. Estima-se que, para cada fêmea sexualmente amadurecida. existam de quinze a vinte machos. Portanto, não é de estranhar que vivam menos e tenham praticamente uma única função em toda a sua existência: encontrar uma fêmea e fertilizí-la. Estes solteirões afoitos têm olhos especiais para captar a luz das companheiras a distância. Supõe-se também que, dotados de grandes órgãos olfativos, sejam capazes de segui-las pelo feromônio, o cheiro que elas emitem nas correntes marítimas. Ao encontrar uma fêmea, o macho da espécie Linophryne inica, vinte vezes menor, a ela se liga pela boca. Seus corpos se fundem, a circulação torna-se comum aos dois e o macho fica reduzido à condição de escravo sexual – vivendo exclusivamente para produzir e armazenar esperma a serviço da companheira.

ABISSAL7Essa incrível simbiose atrai o interesse dos pesquisadores não apenas por tratar-se de uma exótica técnica de reprodução, mas porque talvez venha a ter grande utilidade nos negócios humanos – no tratamento da rejeiçâo em transplantes. O sexo no fundo do mar não cessa de surpreender, em certos casos, a masculinidade ou a feminilidade é apenas uma questão de idade. Entre os Gonostoma gracile, o indivíduo amadurece sexualmente como macho com 1 ano. Mas em dado momento do segundo ano de vida transforma-se em fêmea. Na família dos Paralepidídeos, os indivíduos são hermafroditas, com ovários e testículos ao mesmo tempo. Quando não encontram um parceiro, fecundam-se a si mesmos. Os peixes abissais podem parecer grotescos, bizarros – alguns são imbatíveis em matéria de feiúra. Finos, pequenos, gelatinosos, não têm nenhuma armadura de proteção, como escamas, e frequentemente se desfazem quando estudados. Comendo pouco, gastam também pouca energia e nadam apenas ao sabor das correntes. Tudo indica que seriam seres primitivos, que não evoluíram durante milhares de anos. Mas o ictiólogo americano Richard Rosem-blatt, do Instituto Scripps de Oceanografia, na Califórnia, provou pela estrutura óssea que esses peixes estão no auge da evolução. Como outras espécies, que passaram a viver em praias rasas, ou em baías lamacentas, rios caudalosos ou lagoas, estas mudaram-se da superfície dos mares, seu hábitat original, por motivos desconhecidos. Nos abismos profundos onde foram parar, desenvolveram as estranhas características que os transformaram em senhores das trevas.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

O que é a Experiência de Quase-Morte


O termo Experiência de Quase-Morte refere-se a um conjunto de sensações frequentemente associadas a situações de morte iminente, associadas a hipóxia cerebral, sendo que as mais divulgadas são o efeito túnel e a "experiência fora-do-corpo" (EFC ou OOBE, também denominada autoscopia). O termo foi lançado pelo Dr. Raymond Moody no seu livro escrito em 1975, "Vida Depois da Vida".

Apesar destas sensações serem frequentemente associadas a uma experiência mística, são explicadas cientificamente como uma resposta secundária fisiológica do cérebro à hipóxia. Na maioria dos casos a morte clínica do paciente foi atestada pelos médicos, mas em nenhum deles houve a confirmação de morte cerebral.

As pessoas que viveram o fenómeno, geralmente relatam uma série de experiências comuns a elas, tais como:
> um sentimento de paz interior;
> a sensação de flutuar acima do seu corpo físico;
> a percepção da presença de pessoas à sua volta;
> visão de 360º;
> ampliação de vários sentidos;
> a sensação de viajar através de um túnel intensamente iluminado no fundo (efeito túnel).

Nesse espaço atemporal, a pessoa que vive a EQM, percebe a presença do que a maioria descreve como um "ser de luz", embora esta descrição possa variar conforme os arquétipos culturais, filosofia ou religião pessoal.

O portal entre estas duas dimensões é também descrito como "A fronteira entre a vida e a morte". Por vezes, alguns pacientes que tiveram esta experiência relatam que tiveram que decidir se queriam ou não regressar à vida física. Muitas vezes falam de um campo, uma porta, uma sebe ou um lago como uma espécie de barreira que, se atravessada, implicaria o não regresso ao seu corpo físico.

domingo, 1 de maio de 2011

TIPOS DE ESPÍRITOS

OS SUSTENTADORES

Sustentadores são aqueles mentores espirituais de luz, amparadores e responsáveis pela estabilidade e proteção dos trabalhos espirituais e mediúnicos. Toda vez que um grupo de pessoas se reúnem na promoção de trabalhos espirituais de caráter socorrista e doutrinário, forma-se no plano espiritual um mesmo grupo correspondente de Mentores Espíritos de Luz para dar suporte, ensinamento e apoio a esses trabalhos.

Todos nós carregamos conosco uma correspondência espiritual, companheiros, amigos, protetores, guias e mentores para suporte de todo tipo, assunto esse que demoraríamos uma obra inteira para abordarmos, o que não é objeto do presente trabalho, entretanto, se faz necessário observar esta correspondência como forma basilar para o que modestamente pretendemos expor.


OS RECÉM DESENCARNADOS E RECÉM SOCORRIDOS

Fato de muita importância e que muitas vezes vem se tornando um conflito para alguns de nossos companheiros doutrinadores é o tratamento doutrinário destinado àqueles nossos irmãos recém desencarnados.

Não oferecem à primeira vista dificuldades de reconhecimento, isto é, são facilmente identificáveis, devendo sempre o doutrinador carregar consigo a cautela devida, para não ser enganado. Manifestam-se, regra geral, pela maneira como se apresentam a partir da incorporação, demonstrando comportamento angustiante, desesperado e confuso, quase sempre não se lembrando do que aconteceu.

Muitas vezes chegam queixando-se de frio, as mãos do médium normalmente tornam-se extremamente frias, isto significa que o espírito ainda está ligado ao seu corpo após a morte, ou seja, ao cadáver e, se disser que está no mais absoluto escuro, com certeza ainda encontra-se no caixão, revelando na conversação a realidade que está vivendo, que está escuro e com muito frio, neste caso o doutrinador deve concentrar-se com muito amor e carinho e oferecer sua mão dizendo que irá puxá-lo para fora do local onde se encontra dizendo que o trará para um lugar quente, iluminando e seguro, porém o doutrinador deve realmente acreditar que estará dando a mão e puxando o espírito para fora do caixão.


O OBSESSOR

• OBSESSÃO: Impertinência excessiva. Idéia fixa, mania.
• OBSESSOR: Aquele que pratica obsessão.
• OBSEDAR: Prática da obsessão. Ficar com um idéia fixa.
• OBSEDADO: Vítima do obsessor

A obsessão é um estado constante que se instrumentaliza através de um processo de vingança. Invariavelmente é perseguidor e vem dotado de um comportamento moralmente deseducado. O espírito perseguidor busca alívio para o seu sofrimento fazendo sofrer aquele que o feriu, tornando-se ambos infelizes e envolvendo ainda outros nas tramas de suas desgraças.

Porém, no plano espiritual tudo está previsto, ao mesmo tempo em que permitem a cobrança de nossas faltas, nos liberam, pelo resgate.


O QUE É UM ESPÍRITO OBSESSOR?

São espíritos embrutecidos pelo tempo. Parados, estagnados, num ódio ou numa obstinação extrema que já quase nem sabem porque. E, na maioria das vezes, já estão cansados, muito cansados desta condição. Apesar de muitos não demonstrarem isto, eles anseiam pelo momento do reencontro com o Pai Maior, por isso cada gota de amor a eles dispensada é muito valiosa.

Esses espíritos são difíceis? Sim. Porém não devemos evitá-los pois é muito fácil doutrinarmos espíritos que já estão esclarecidos, ou os chamados “bonzinhos” , pois eles já estão prontos para irem para a luz. Não que eles não mereçam atenção, porém quando eles chegam, a doutrina deve ser mais rápida. Devemos deixar para nossos irmãos Protetores o maior esclarecimento à eles. Nós devemos apenas conduzi-los à luz. Pois é o que eles querem.


O OBSESSOR POR AMOR

Como já vimos anteriormente um obsessor é um espírito deformado pelo ódio, pela revolta, pela dor, ou até mesmo pelo amor.

Não existem apenas espíritos obsessores pelo ódio, há muitos espíritos há muitos espíritos obsessores pelo amor, pois é muito difícil para eles serem separados de seus entes queridos e principalmente de seu grande amor.

Como sabemos o amor e o ódio estão separados por uma barreira quase invisível, então muitas vezes quando pensamos que um espírito está com ódio do outro, na verdade muitas vezes é apenas um disfarce para esconder a dor do amor não correspondido, de um grande mau entendido ou até mesmo do medo de ter seu amor rejeitado.

A obsessão pelo amor é a pior de todas, pois aquele que ama não pode imaginar e nem aceitar que está atrapalhando seus enter queridos. Ele julga que está ali para ajudá-los, que eles não podem viver sem sua ajuda.


O OBSEDADO

O ser humano objeto alvo do processo de obsessão, ensina a doutrina básica, tratar-se de alguém cujo débito é muito elevado diante da lei divina, uma vez que se presume tratar-se de alguém responsável por comportamentos graves contrários á Justiça Divina, em encarnações passadas.

As ações cometidas contra nossos irmãos, ações essas contrárias à lei divina, de caráter grave ou ainda aquelas ausências de ações quando necessárias e de prejuízo do próximo, carregam consigo gravidade semelhante, sujeitando seu autor aos reveses e á ação incontinente de seus desafetos, desencadeando o processo de resgate.

Fatos como esse ensejam uma relação de vingança corporificando-se a esta altura uma relação obsessiva, que por mais vezes acabam não sendo desenfreadas e levadas a efeito pela própria vítima, em muitos casos já até tendo o fato como perdoado, perdoando, desta feita seu próprio algoz, mas sim exercendo-se por alguém cujo coração foi ferido com referida conduta, não perdoando e obsidiando propriamente dito o causador daquele resultado maléfico, não importando nesse momento a posição da vítima em questão com relação a este feito.

O que quer dizer que mesmo sem a autorização da vítima, pode outro espírito qualquer tomar suas dores, por razões diversas, como pode acontecer nos casos de parentesco ou relações afetivas aproximadas, estando ou não aquele cuja obsessão deve recair encarnado ou não, lembrando-se ou não da ofensa cometida, tão pouco tenha ela ocorrido nesta ou em qualquer outra existência.)


O SUICIDA

Quando o espírito de um suicida vem até nós para ser socorrido ele ainda vive o instante de sua morte, pois quando uma pessoa comete o suicídio ela acha que vai acabar com todos os seus problemas, que poderá encontrar mais rapidamente a tranqüilidade ao lado de Deus, porém, o que ele não sabe é que perante Deus este é um dos piores delitos, pois ninguém pode tirar o que Deus nos deus,. O Dom da vida.

Quando é cometido um desatino destes o espírito é levado imediatamente ao “Vale dos Suicidas” , onde permanece revivendo incessantemente o momento do suicídio até que complete o tempo que ainda teria de encarnado, pois enquanto estamos encarnados é porque temos uma missão a cumprir e quando de súbito, propositadamente a interrompemos, acabamos por mudar todo um processo de vida, não só do espírito que se suicidou mas sim de todo um grupo de espíritos encarnados, pois além de deixarmos de cumprir nossa missão ainda não permitimos que os outros que encontram-se a nossa volta e que necessitariam de nossa ajuda consiga cumprir a sua missão, além do que o suicídio também o impedirá de reencontrar, de pronto, seus antigos afetos e familiares já desencarnados, que ansiava por reencontrar.

Um suicida quando chega a uma sessão socorrista é logo identificado pois uma das características mais comuns é que continua com a arma do crime nas mãos e por mais que tente soltá-la não consegue.


O DEVEDOR

São chamados devedores todos aqueles espíritos que não se perdoam pelos erros cometidos,. Acham que jamais poderão o “premio” de conhecer a luz pois não acreditam serem merecedores. Na maioria das vezes quando chegam até uma “mesa socorrista” eles mesmos se punem, são seus próprios obsessores, alguns se chicoteiam, outros se acorrentam, etc.

Quando explicamos a eles que já receberam a graça da a ocolhida da Luyz eles se recusam a ir dizendo que não são merecedores, que seus crimes foram imperdoáveis e que por isso merecem continuar nas trevas pagando muito mais ainda pelos seus erros, eles anseiam por castigos e dor achando que isto irá purtificá-los.

Eles têm medo de reencontrar suas vítimas achando que elas jamais o perdoarão, pois eles mesmos não se acham dignos de perdão.


A PSICOGRAFIA

• PSICOGRAFAR: Escrever (o médium) o que lhe dita um espírito
• PSICOGRAFIA: Descrição da mente e suas funções. Escrita de um espírito pela mão do médium.
• PSICÓGRAFO: Pessoa versada em psicografia. Médium que escreve sob a ação de um espírito.

Durante um trabalho de mesa socorrista pode-se utilizar vários tipos de trabalhos mediúnicos, porém os mais utilizados são a psicofonia, comunicação mediúnica através da fala, a psicografia, comunicação mediúnica através da escrita.

Às vezes durante um trabalho de mesa socorrista aparecem espíritos que não conseguem se comunicar através da fala e por isso utilizam-se da escrita para comunicarem-se.

Como o doutrinador perceberá que o espírito quer escrever se ele não consegue falar? O doutrinador deve estar sempre atento a tudo o que acontece em um trabalho socorrista. Deve observar todos os movimentos dos médiuns ali incorporados. Quando um doutrinador aproxima-se para o início de uma doutrinação e esgota todos os meios para conseguir se comunicar verbalmente, antes de encerrar a dourtinação deve perceber se o espírito ali presente não está ansioso, nervoso. Normalmente um espírito que quer escrever fica movimentando a mão como se estivesse escrevendo.

PARA SABER MAIS:

INSTRUÇÕES BÁSICAS PARA UM DOUTRINADOR
Autora: Doris Carajilescov Pires
Editora: Madras

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Mortandade de peixes na Colômbia é atribuída a ''fenômenos sobrenaturais''

Moradores de uma cidade no nordeste da Colômbia dizem que cerca de 2.000 peixes foram encontrados mortos desde a semana passada depois que um estranho objeto voador com luz intermitente foi visto por alguns segundos em um pântano da região.


O caso ocorreu na aldeia de El Llanito, na cidade de Barrancabermeja, onde muitos moradores observaram na última sexta-feira 21, um OVNI no céu, segundo a imprensa local, informou a DPA. Pouco depois apareceram peixes mortos flutuando no pântano, mas ao contrário de casos semelhantes atribuídos à falta de oxigênio, desta vez todos apresentavam queimaduras nas escamas, segundo os habitantes de El Llanito.


De acordo com Magaly Gutierrez, líder de uma organização comunitária, o fenômeno durou cerca de 20 segundos e foi visto por muitas pessoas. A rede de rádio RCN disse que os moradores da aldeia próxima de Puente de Sogamoso, no município de Puerto Wilches, relatou ter visto um objeto voador redondo se deslocando lateralmente no mesmo dia que começou a morte de peixes em El Llanito.


O presidente da Associação de Agricultores e Pescadores de El Llanito, Juan Tercero, disse que os peixes mortos apresentavam queimaduras e começaram a boiar depois do aparecimento das "luzes estranhas no pântano", segundo declarações publicadas pelo jornal "Vanguardia Liberal" de Bucaramanga. Autoridades ambientais de Barrancabermeja se deslocaram em direção ao pântano para recolher amostras que revelem o que causou a morte dos peixes, de acordo com a RCN


Tradução: Carlos de Castro

Oferecimento: Arquivos do Insólito

Fonte: El Universal

domingo, 23 de janeiro de 2011

Histórias do bairro mais assombrado do Recife

A capital pernambucana é a cidade mais assombrada do Brasil, e disso ninguém duvida. E muita gente me pergunta qual o bairro desse município repleto de estranhezas e mistérios teria mais visagens e almas-penadas. Seguindo as indicações do livro Assombrações do Recife Velho, de Gilberto Freyre, constatei que o bairro do Centro conhecido pelo comércio popular, e por ser o berço de tradicionais de agremiações carnavalescas, também é campeão em malassombramentos. As ruas de São José não são só território do vuco-vuco e do Galo da Madrugada. Nos antigos casarões daquela vizinhança habitam diversos fantasmas. E aqui vou contar algumas dessas histórias medonhas.


A mulher sinistra do Pátio de São Pedro
Dizem que num sobrado de quatro andares que existe ao lado da Igreja de São Pedro, reside uma figura que provoca calafrios em que a encontra. É uma mulher bonita, de longos cabelos negros e roupas provocantes que é vista a caminhar lentamente pelos corredores e escadarias do antigo edifício. Os que se deparam com ela logo percebem trata-se uma visagem, alma de outro mundo: depois de alguns passos, a moça misteriosa de semblante tristonho desaparece no ar, como por encanto.


Uns poucos cômodos do sobrado são moradias para algumas famílias. Em outras dependências trabalham costureiras e prestadores serviços, como pintores de placas. Muitas dessas pessoas já testemunharam a aparição. A decoradora Rosângela Silva, que morou no lugar, me contou o que ouviu sobre a origem da fantasmagoria. Seria o espetro de uma mulher que alugou um dos quartos do velho prédio na década de 50. Era jovem e atraente, mas vivia só e carregava a dor de uma desilusão: havia sido abandonada pelo amante. Comenta-se que, para sobreviver, trabalhava como prostituta. Certo dia matou-se ateando fogo ao corpo. Morte lenta e dolorida de quem tenta queimar a dor de uma constante amargura. E desde então virou malassombro, alma-penada, eternamente presa a este plano de existência por causa do terrível pecado que cometeu.

As pessoas que convivem no sobrado já tentaram por fim ao sofrimento desse espírito encomendado missas e requisitando bênçãos dos padres no próprio edifício. Logo depois dessas medidas as aparições deixam de ocorrer, mas não por muito tempo - não demora e alguém se depara novamente com a sinistra mulher a caminhar pelos corredores.

O sobrado da Estrela
Já não se sabe o endereço do antigo prédio de dois andares. Gilberto Freyre diz apenas que ficava "à esquina de uma velha travessa" do Bairro de São José. No século XIX, lá eram vistas aparições a todo instante. A assombração era tanta que o sobrado ficou desocupado por vinte anos, até que uma certa família Luna veio a habitá-lo em 1873. Não tiveram uma noite de paz: viam vultos pelos corredores; na cozinha, ouviam o som de louça sendo quebrada e fogo sendo abanado mesmo quando não havia ninguém no recinto; quando estavam na sala de jantar, areia era jogada por mãos invisíveis nos pratos em que comiam. A suspeita era de que as ocorrências sobrenaturais estariam ligadas à existência de uma botija escondida entre as paredes. Quando os Luna se mudaram, depois de aguentar muitos tormentos fantasmagóricos, a vizinhança foi bisbilhotar o casarão e encontrou um grande buraco no socavão da escada do primeiro andar. Dai correu o boato que a família achou mesmo o tesouro composto de moedas de ouro e prata.

Casa da esquina do Beco do Marisco
Era uma construção com térreo e dois andares, sem requintes arquitetônicos, erguida em meados do XIX. No prédio, os fantasmas faziam a maior algazarra à noite: vultos saindo e entrando dos quartos, som de quedas tremendas na sala de visita, correntes arrastadas pelo assoalho, portas se abrindo e fechando sozinhas. Devido a essas perturbações, a casa ficou muito tempo sem morador até que foi alugada por um português conhecido com Belarmino Mouco. Sendo quase surdo, era menos afetado pelos ruídos misteriosos. Mesmo assim, vez por outra, Belarmino era acordado pelas manifestações das almas-penadas. Até que um empregado do português enforcou-se no segundo andar da casa. Chama-se João Teixeira e tinha vinte e poucos anos. Ninguém nunca soube o motivo do suicídio e, por isso, muitos passaram a considerá-lo uma vítima dos espíritos malignos. Poucos dias depois dessa ocorrência trágica, o mouco mudou-se. A partir de então, os vizinhos passaram a ver um vulto nas janelas do segundo andar sempre que caía a noite. As pessoas chegavam a se aglomerar na rua em frente à casa para tentar vislumbrar o espectro. Nesse momento uma areia vinda não se sabe de onde era jogada sobre a multidão. O alvoroço foi tanto numa dessas situações que a polícia foi chamada. Os soldados arrombaram a porta, mas, quando subiam as escadarias, levaram tanta areia nos olhos que partiram em retirada. Ficou comprovada a assombração. A casa ficou fechada por muito tempo até ser reformada para se transformar em cinema. Após alguns anos, a sala de exibição passou a ser usada como igreja evangélica.

Imóveis assombrados na Rua de São José
O primeiro era uma construção requintada, quase um palácio, com dois pavimentos além o térreo, que, no início do século XX, permaneceu anos sem moradores por causa da fama de assombrada. Segundo Gilberto Freyre, um repórter policial conseguiu alugar o imóvel "por 50 mil-réis" - na época, uma bagatela. O jornalista fora avisado sobre o que acontecia de estranho no casarão, mas não teve medo. Na primeira noite em que dormiu lá, ele ouviu estranhos assovios e baques. Também balançaram-lhe a rede e também apagaram o candeeiro que iluminava o ambiente. Na noite seguinte jogaram areia na rede e ainda puxaram o lençol e os pés do repórter. Na terceira noite, cortaram as cordas da rede fazendo o rapaz cair no chão enquanto dormia. Desta vez o valentão desistiu: enxotado pelos fantasmas, mudou-se ao amanhecer.

O segundo era moradia simples, de porta e janela, onde, no começo do século XX, morava a família de um funcionário público. Esse homem pacato e amistoso com os vizinhos um matou-se com um tiro na cabeça - um suicídio inesperado, visto que parecia ser uma pessoa de bem com a vida, como se diz. Depois disso, a família mudou-se e a casa virou cenário de macabras aparições. Diziam os moradores da área que, sempre depois da onze da noite, aparecia na janela um vulto embuçado, ou seja, com o rosto escondido por um manto ou capa que só lhe deixava os olhos à mostra. E todos que passavam em frente à residência àquela hora viam essa estranha figura na janela. De outras ruas vinham pessoas incrédulas para testemunhar o fenômeno. Até um homem que se dizia ateu teria desmaiado ao ficar diante da tal visagem. A polícia chegou a entrar e dar buscas na casa assombrada para saber se era brincadeira de algum engraçadinho, mas não encontrou ninguém. A vizinhança tomou a providência: missas em intenção da alma do suicida foram encomendadas aos religiosos da Basílica da Penha. A partir dai, cessaram as aparições do misterioso embuçado.

O sobrado das Três Mortes
Prédio de apenas um andar na Rua da Concórdia. Conta-se que nele três pessoas foram assassinadas. Depois desse evento odioso, fenômenos sobrenaturais passaram a ocorrer no local. As famílias que ali moraram testemunharam o aparecimento de vultos negros, ouviram sons estrondoso em ambiente onde não havia ninguém. Alguns moradores chegaram desmaiar diante de tais manifestações. Poucos tinham coragem de passar muito habitando o prédio. A fantasmagoria só diminuiu quando, no começo do século XX, um militar se mudou com sua família para o sobrado. Ele era espírita e promovia sessões mediúnicas para apaziguar os espíritos atormentados que vagavam na velha casa.

A casa da Rua Imperial
Com térreo e primeiro andar, a construção ficava ao lado de um jardim onde havia uma frondosa mangueira. Dizia-se que, próximo a esta árvore, vultos de um homem e de uma mulher eram vistos alternadamente, sempre ao cair da tarde. Quando apareciam, as duas figuram apontavam para o chão, possivelmente indicando o ponto exato onde estaria enterrada uma botija. No começo do século XX, moradores da casa teriam, de fato, encontrado naquele local um caixão com um tesouro.

O sobrado da antiga Rua Augusta
Construção sem requintes localizada na via que, em meados do século XX, desapareceu para dar lugar à Avenida Dantas Barreto. No fim do século XIX, no Sobrado eram vistos vultos medonhos e ouvidos ruídos misteriosos. Durante a noite, os fantasmas costumavam puxar os pés das pessoas adormecidas. Um morador chamado Manuel Silvano de Souza chegou a ver no local o espectro do irmão falecido poucas horas antes na Paraíba.

O sobrado da Rua de Santa Rita
Diziam que nesse prédio as assombrações provocavam estanhos ruídos depois das sete da noite: assovios, portas batendo, louças se partindo - embora ninguém visse quem produzia todos esses sons. O sobrado era considerado maldito e muitos vizinhos chegavam a evitar passar pela calçada em frente a ele. Certa noite, uma moradora casa sonhou com um homem pálido, todo vestido de preto, que indicava a existência de uma botija no sótão do edifício. Ela comunicou o sonho ao primo dela, que era o dono da casa, e este resolveu que a família deveria se mudar imediatamente - não queria conversa como o "dinheiro das almas". Sabendo disso, um sapateiro pobre, tido como cabra-macho e chamado de Juca "Corage", aceitou o desafio: passou a dormir todas as noites no sobrado na tentativa de também sonhar com a localização do tesouro. Conta-se que dias depois o sujeito mudou-se de São José e nunca mais deu notícia. Teria encontrado a dinherama.

O sobrado do Pátio do Terço
Tinha três andares e foi cenário de uma morte violenta. Acreditava-se que o edifício tornou-se amaldiçoado: visagens faziam suas aparições em todos os cômodos a qualquer hora do dia. À noite, barulhos assustadores tomavam conta do ambiente: sons de louças sendo quebradas e cadeiras sendo arrastadas. Um menino de onze anos que morou no sobrado viu, certa vez, o fantasma de uma mulher que, com uma voz fanhosa que pediu rezas para salvar alma. A família atendeu à solicitação e assombração acabou.

A procissão dos defuntos
Uma lenda conhecida em outras cidades do Brasil também é contada pelos moradores de São José. Há quem garanta que numa noite do período de Quaresma, ou mesmo na Semana Santa, almas penadas saem procissão pela ruas estreitas do bairro, suplicando o perdão dos pecados os prendem ao Purgatório – um lugar sombrio, acima do Inferno, talvez a própria Terra, onde os finados recentes que, em vida, cometeram faltas mais leves esperam a purificação necessária os permitirá subir ao Céu. Quando algum desavisado encontra esse triste cortejo pode não perceber de cara que os fiéis são mortos. Mas certamente vai entender tudo depois que recebe de um deles uma vela que, no dia seguinte, se transforma num osso humano - um osso comprido e velho, vindo de uma catacumba esquecida.