Ano VII - 2007/2013 - BLOG FENÔMENOS SOBRENATURAIS - Developed by IVSON DE MORAES ALEXANDRE - VOLTA REDONDA - ESTADO DO RIO DE JANEIRO - BRASIL.
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sexta-feira, 12 de junho de 2009

Fenômenos Espíritas*

A MORTE E O DUPLO
O tema não é novidade para os estudiosos da Doutrina Espírita. Autores vários trataram-no com detalhe e inequívoca propriedade, oferecendo-nos assim, preciosos e substancias subsídios. Pinçamos, dentre esses autores, alguns não muito conhecidos nos arraiais espiritistas, sobressaindo-se, preliminarmente, FLORENCE MARRYAT. Em sua obra “ THE SPIRIT WORLD”, insere-se 0 seguinte caso:
Entre as minhas mais caras amigas figura uma jovem das altas classes da aristocracia, moça dotada de faculdades medianímica maravilhosas – apesar de só ser conhecida por amigos raros e íntimos, por causa dos eternos preconceitos... Há alguns anos, teve ela a desdita de perder a irmã mais velha, aos vinte anos de idade, arrebatada por uma tremenda pleuris. Edith ( é o nome que lhe darei) não em ESTODO DE CLARIVIDÊNCIA, assistiu ao processo de separação do espírito do corpo. Contou-me ela que, durante os últimos dias de sua vida terrestre, a pobre doente se tinha tornado irrequieta, superexcitada, e que em delírio, constantemente se mexia na cama, pronunciando frase e palavras sem nexo. Foi então que começou Edith a lobrigar, como névoa, uma espécie de fumaça que se lhe formava em torno da cabeça, onde, condensando-se e rarefazendo-se gradualmente, terminou por assumir as proporções, as formas e os traços da imã moribunda, a tal ponto que lhe reproduzia todas as linha e aspectos.Paralelamente, ao declinar do dia a agitação da doente ia diminuindo, até, com o cair da tarde se transformou em profundo esgotamento, precursor da agonia. Edith contemplava com todo o interesse a irmã, cujo rosto se tinha tornado lívido e cujo olhar se tinha apagado. Em cima, porém, a forma fluídica purpureou e pareceu animar-se a pouco e pouco à custa da vida que rapidamente abandonava o corpo. Mais um momento, e a jovem moribunda jazia inerte e sem sentidos no leito; mas a forma, essa, já se tinha então transformado em Espírito. Durante esse tempo, cordões luminosos, semelhantes a fluorescências elétricas, ligavam-se-lhe ao coração, ao cérebro e aos outros órgãos vitais. Chegando o momento supremo, o Espírito oscilou por algum tempo, de um lado para outro, até que logo depois ficou de pé junto ao corpo inanimado. Era ele de muito débil aparência, mal podendo suster-se, posto que reproduzis-se fielmente o corpo físico.Enquanto Edith contemplava as maravilhas de tal cena, duas luminosas formas então se apresentaram nas quais ela reconheceu o pai e a avó, mortos naquela mesma casa. Aproximaram-se ambas do Espírito recém-nascido, ampararam-no afetuosamente, apertaram-no em seus braços, enquanto a cabeça dele pousou inerte num dos ombros paternos. Assim ficaram durante algum tempo, até o momento em que pareceu que o Espírito havia recobrado forças. Nesse momento, abraçaram-no e com ele seguiram para a janela, por onde passaram e desapareceram.A morte não será então mais do que o desdobramento integral e definitivo, a exteriorização de todo o ser psíquico, com sua força vital, com a sua força organizadora da matéria, com a sua sensibilidade, a sua consciência e o seu princípio pensante.
O RELATO DE DOROTHY MONKA REVISTA LIGHT, 1922, insere um relato de DOROTHY MONK, dirigido ao editor desse periódico, sobre o fenômeno que ocorreu durante a desencarnação de sua genitora. Ei-lo:Em nossa família fomos testemunhas de um fenômeno extraordinário no leito de morte de minha mãe, falecida a 02 de janeiro de 1922. Este fenômeno nos impressionou profundamente, pelo que ansiosamente, vimos pedir nos esclareça com a sua experiência.Depois de uma longa enfermidade, agravada ainda por um ataque de influência gástrica, minha mãe veio a falecer de parada cardíaca...Pelas 07 horas da noite fatal, a doente, em estado comatoso, abriu a boca; desse momento em diante nós começamos a observar uma pequena nuvem branca, que se formava sobre a sua cabeça, prolongando-se até a guarda superior da cama. Saía da cabeça mas se condensava principalmente ao lado da cama. Permanecia suspensa no ar, qual nuvem densa de fumaça branca às vezes opaca bastante para não nos deixar bem perceber a cabeceira da cama; variava, porém, incessantemente de densidade, se bem que não lhe notássemos qualquer movimento.Minhas cinco irmãs, estavam presentes e todas víamos esse estranho fenômeno; meu irmão e meu cunhado chegaram mais tarde, mas ainda a tempo de poderem observá-lo também. Uma luminosidade azul difundia-se ao redor e, de tempos em tempos, percebiam-se vivas centelhas de cor amarelada. Notamos que o maxilar inferior da moribunda continuava a abrir-se lentamente. Durante algumas horas o fenômeno não se modificou; apenas uma espécie de auréola de raios amarelados apareceu circundando a cabeça da enferma. Por volta de meia noite tudo desapareceu, embora o falecimento só se viesse a dar às 7 horas e 30 minutos.Às 6 horas e pouco, uma das minhas irmãs, que repousava em um outro quarto, ouviu uma voz dizer-lhe: “Ainda uma hora de vida, ainda uma hora!”. Levantou-se muito impressionada e veio assistir aos últimos momentos de nossa mãe, que exalou o último suspiro, de fato, uma hora e dois minutos após haver minha irmã ouvido a voz premonitória...”
O editor da LIGHT DADID GOW foi à casa de DOROTHY MONK, a fim de discutir com as testemunhas sobre o fenômeno que haviam presenciado.
CASOS DE EXTERIORIZAÇÃO DO PERISPÍRITO RELATADOS POR ERNESTO BOZZANOERNESTO BOZZANO, em sua obra “EM DEFESA DO ESPIRITISMO”, que no Brasil recebeu o título de “METAPSÍQUICA HUMANA”, ao referir-se a vários casos de EXTERIORIZAÇÃO DO PERISPÍRITO, no leito de morte, observa que as descrições a respeito concordam entre si, nos seguintes e fundamentais aspectos.1 – Emanação proveniente do corpo do moribundo de uma substância semelhante ao valor que se condensa e paira sobre o mesmo, tomando-lhe a forma e aparência;2 - A intervenção de entidades, geralmente familiares e amigos do moribundo, que vêm assistir o Espírito na crise suprema.Em seguida, o autor de “ A CRISE DA MORTE” evoca o testemunho de outros que pela atividade que exerciam, puderam conviver constantemente com o fenômeno de “BILOCAÇÃO NO LEITO DE MORTE”. Entre esses autores figura a enfermeira diplomada JOY SNELL, que escreveu “THE MINISTRY OF ANGELS”, onde se lê:
“Quando me fiz enfermeira, profissão em que permaneci durante vinte anos, tive ocasião deassistir numerosas pessoas morrerem, podendo freqüentemente observar essa condensação da forma fluídica por sobre o corpo dos moribundos, forma sempre semelhante àquela que se desprendia e que apenas condensada, me desaparecia da vista”.
Eis o que o Espírito GEORGE PELHAM respondeu ao DR. RICHARD HODGSON (da Sociery for Psychical Research – SPR), através da médium LEONORA PIPER (1857-1350):
“Não acreditava na sobrevivência da alma. Esta crença estava fora daquilo que a minha inteligência não podia conceber. Hoje pergunto a mim mesmo como me foi possível dela duvidar. Temos um DUPLO FLUÍDICO DO CORPO FÍSICO, que persiste, sem qualquer alteração, depois da dissolução do corpo”.
“THE METAPSYCHICAL MAGAZINE”, DE Londres, Inglaterra, referente ao número de outubro de 1896, citado por Bozzano, transcreve o relato de um missionário de retorno do arquipélago de Taiti:
“No momento da morte, os aborígenes acreditam que s alma se retira para a cabeça, para daí exteriorizar-se. Desde que o moribundo deixa de respirar, uma espécie de vapor se desprende da cabeça e se condensa a pequena distância sobre o corpo, ao qual fica ligado por meio de um cordão formado da mesma substância. Esta substância aumenta consideravelmente de volume e toma os traços do corpo de que sai. Quando, enfim, este se torna gelado e inerte o cordão se dissolve e a alma, então livre, voa no meio de mensageiros invisíveis que parecem assisti-la”.
Notável poder de observação dos aborígenes do Taiti, revelando, nos mínimos detalhes, o processo de desencarnação. Identifica-se, plenamente, com as descrições dos videntes do mundo civilizado, sobre os trâmites da separação definitiva do PERISPÍRITO do CORPO FÍSICO. Acresce um singular detalhe:
O registro de mensageiros espirituais, que interveem, assistindo o Espírito do moribundo durante a “CRISE DA MORTE”. Essa concordância, vem autenticar o valor científico das revelações acerca da perturbadora transição do Espírito para a esfera imponderável. A objetividade do fenômeno consubstancia, por outro lado, a realidade do desdobramento fluídico.Eis aí provado um fato que a própria História registra, embora não se lhe reconheça origem tão real e inequívoca como os videntes de todas as latitudes. É como uma advertência aos que tentam, sem fundamento, negar a sobrevivência da alma, que pode ser demonstrada pela pesquisa em torno dos fenômenos anímicos.“...uma espécie de vapor se desprende da cabeça e se condensa a pequena distância sobre o corpo...”(trecho da observação dos aborígenes).
DR ALFRED ERNY, pesquisador francês, autor de “PSYCHISME EXPÉRIMENTAL”, oferece-nos o seguinte relato sobre o fenômeno em questão:
“O ESPÍRITO SAI DO CORPO PELO CRÂNIO”. Os vidente notaram que logo após esta saída, uma nuvem vaporosa se eleva acima da cabeça, e tomando a forma humana condensa-se pouco a pouco, assemelhando-se ao morto cada vez mais”.
No rol das pesquisas pré-Kardecianas, assume notoriedade o trabalho desenvolvido pelo médium norte-americano ANDREW JACKSON DAVIS. Eis o que observou durante a desencarnação de uma velha senhora, fato incluído em seu livro “GRAND HORMONY”.
“O processo começa por uma concentração no cérebro, que se tornava cada vez maisluminoso à proporção que as extremidades escureciam. Principia então o novo corpo a erguer-se, desligando-se primeiro a cabeça... Entre ambos havia um laço vital luminoso, correspondente ao cordão umbilical... Quando o cordão se rompeu (ou se dissolveu, segundo os aborígenes), um fragmento desse cordão fluídico reverteu ao corpo, preservando-o da putrefação imediata. Logo depois, vieram ao seu encontro dois Espíritos amigos que ajudaram o recém-desencarnado em seus derradeiros momentos naquele ambiente.
A PROVA MATERIAL DO DUPLO É FORNECIDA PELA FOTOGRAFIA
“Em março de 1861” - escreve o Professor CESARE LOMBROSO na obra “RICERCHE SUI FENOMINI IPINOTICI E SPIRITICI” - , “MUMLER, gravador de casa BIGELOW BROS & KERMAND, que dedicava suas horas de folga à fotografia, viu certa vez aparecer em umas das suas provas uma figura estanha ao grupo que fotografara”. Estranhou o fato. Mas, uma segunda prova não mudou o resultado. Esta seria, conforme Cesare Lombroso, a primeira fotografia espiritista ou transcedental. O acontecimento causou grande sensação. Mumler foi assediado por pessoas que vinham de todas as partes, levando-o a abandonar a profissão de gravador a abrir um estúdio em Nova Iorque. Mais tarde, o fotógrafo seria julgado sob acusação de bruxaria e fraude, sendo absolvido por falta de provas.
O editor DOW, de Boston (U.S.A), tinha entre os empregados uma jovem a quem era afeiçoado e que morreu aos 27 anos de idade. Sete dias depois de sua morte, um médium lhe disse que uma bela jovem queria vê-lo e oferecer-lhe rosas que tinha nas mãos. Quando Dow esteve com HENRY SLADE, este escreveu automaticamente – “Estou sempre convosco”. E a seguir a assinatura da morte.De volta à cidade de Boston, Dow visitou o médium HARDY, quando recebeu mensagem da amiga sugerindo que ele procurasse o fotógrafo Mumler. Através da Sra. Mumler, em transe, a jovem desencarnada avisou:
“Hoje terá você meu retrato. Estarei perto de você, apoiando a mão em seu ombro e com uma coroa de flores na cabeça”’.
E assim aconteceu. Ao revelar a chapa fotográfica, lá estava, nitidamente, a jovem na pose anunciado. O casal Mumler jamais vira a amiga de Dow...

AS EXPERIÊNCIAS DE ALBERT DE ROCHAS
Segundo as pesquisas de EUGENE-AUGUSTE-ALBERT – Conde DE ROCHAS D’AIGLUN, as fotografias espiritista classificam-se:
A –retratos de entidades espiríticas, invisíveis em condições normais;B- flores, escritos, coroas, luzes, imagens estranhas ao médium e ao do operador no momento da impressão da chapa;C – imagens de formas materializadas, visíveis por todos os assistentes;D – reprodução do duplo de pessoas viventes, e, E – provas nas quais parece que a revelação nada tenha feito a aparecer, porém nas quais os médiuns e os clarividentes distinguem uma imagem que ali consta, absolutamente autônoma da personalidade do observador.
Conquanto haja concordância quanto ao processo da transição, o Espírito fica em estado particular de perturbação, cuja duração depende do estádio moral do desencarnado. Eis, a propósito, o que sentenciou o Espírito FELÍCIA SCATCHERD, estudiosa, quando encarnada, dos FENÔMENOS DE ECTOPLASMIA:
“Nenhum peregrino do mundo dos vivos chega a este mundo pela mesma porta. O meio que aqui nos recebe se apresenta a cada um de modo inteiramente diverso”.


*Textos extraídos do livro "Dos Raps à Comunicação Instrumental", de Carlos Bernardo Loureiro